terça-feira, 26 de janeiro de 2016
a desenhar no IPO
Fomos convidados, como Usk Portugal, a desenhar no IPO, Instituto Português de Oncologia.
É um local que visitei muitas vezes em miúda, pois duas tias minhas trabalharam lá há muitos, muitos anos.
No âmbito deste projecto e durante duas semanas vários desenhadores captaram locais, ambientes, cenas, em zonas públicas e em zonas de acesso restrito, e no sábado passado houve um encontro no qual participei. Fomo-nos distribuindo por grupos, a nossa simpática guia propôs este espaço, a sala de Quimioterapia. Foi onde fiquei a desenhar, com a Rosário, a Manuela o Jorge e o Zé, sentindo o calor humano de quem estava comigo em contraste com aquela sala que nos suscita sentimentos tão agrestes. Mas a vida é mesmo assim, feita de várias perspectivas e também de memórias, como as deste espaço que seguramente serão muitas...
"Na Sala de Quimioterapia, a Cadeira. Confortável ou ameaçadora? Esperança, fé..."
Depois desenhei um dos equipamentos de Ressonância Magnética. Este é o mais moderno do IPO.
A linha no pavimento vermelha e branca delimita o espaço que se pode pisar. Se se ultrapassar essa linha corremos o rico de o campo magnético nos fazer ficar agarrados à máquina! Disseram que já aconteceu isso a um aspirador! No tecto, uma simulação de uma claraboia através da qual se vislumbra um céu azul, nuvens e árvores...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Exposição Narrativas de Interculturalidade
Visitei ontem pela primeira vez a recentemente inaugurada exposição "Narrativas de Interculturalidade" patente na Casa dos Mundos ( rua Nova da Piedade, 66).
O desafio era desenhar espaços comerciais onde estão não portugueses, do Martim Moniz à Praça das Flores, em locais identificados previamente. Desenhei o Bar Cantinho, na rua do Benformoso.
Ao entrar lá tive uma agradável surpresa ao ver o meu desenho em tamanho maxi na sala de entrada da exposição, que depois continua no primeiro andar onde estão todos os desenhos que foram feitos pelos urban sketchers. A exposição está linda, os desenhos fantásticos, o vídeo do Vasco a completar o ambiente! Vale a pena ir visitar, e que bom fazer parte deste grande grupo!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
17, uma espécie de biorritmo nacional...
Encontro dos Urban Sketchers Portugal em Mafra
"Pelos justos motivos decidi construir um convento junto à vila de Mafra..."
D. João V
Depois de ouvir a explicação acerca do Palácio Nacional de Mafra (que para mim sempre foi o Convento de Mafra), pelo professor Manuel Gandra, só posso concluir que a data do encontro no dia 16-1 tinha uma intenção, ou seja, 16+1=17!
Segundo ele o número 17 é uma espécie de biorritmo nacional. É um número muito difícil de obter e também muito importante do ponto de vista simbólico.
As figuras geométricas que se inscrevem na fachada, os 12+12 pilaretes em círculo na entrada, os ângulos de 17º no pavimento de pedras preto e branco (trevas e luz), a localização planeada deste edifício a 7 léguas e meia do Terreiro do Paço, o lançamento da primeira pedra a 17 de Novembro de 1717, ...
Muito interessante tudo o que foi explicado pelo professor acerca daquele monumento que, segundo o Alexandre Herculano, seria "uma sensaboria de pedra".
Um belo encontro onde, no que me diz respeito, muito ainda ficou por desenhar!
Na entrada da Biblioteca, onde existem umas baias que nos impedem de entrar e melhor apreciar a grandiosidade do espaço...
Dentro da Basílica, um dos seis famosos órgãos. Muito bonitos!
Cá fora, a encaixar a fachada nos quadrados e à procura dos números...
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