Quando o Mário Linhares, dos Urban Sketchers Portugal, anunciou este encontro, fez o seguinte comentário: desmarquem tudo!
E tinha razão!
Entrei no Bairro da Cova da Moura, ainda com todas as reservas que nos são colocadas na cabeça pela comunicação social. O ponto de encontro era a Associação Cultural Moinho da Juventude, onde estava fundadora, Lieve Meersschaert, psicóloga e belga de origem. Esta Associação tem feito um importante trabalho nesta comunidade, a vários níveis.
De seguida o Miguel Horta guiou-nos pelo bairro explicando, de uma forma apaixonada, as curiosidades, histórias, e os locais que achava mais interessantes para serem desenhados. De vez em quando parava e conversava com os seus conhecidos.
Tudo se revelou uma descoberta porque nos começámos a sentir bem, à vontade, no meio de pessoas afáveis que passam e nos dão os bons dias! E com motivos infinitos para desenhar!
Primeira paragem: no Largo da Bola. Impossível não me focar no mar de fios eléctricos.
Segunda paragem:
Antes do almoço de churrasco, no Moinho da Juventude, a Fortunata e a Kyara aproximaram-se de mim para ver o que eu estava a fazer (desenho anterior), e quiseram ser desenhadas. A Kyara disse-me que tinha os olhos em amêndoa, e a outra perguntou: o que é amêndoa? Escreveram os nomes nos desenhos, prometi que lhos iria enviar.
Depois o dito churrasco, para o qual também tinham sido convidadas muitas pessoas do bairro. Muito giro!
Depois de beber café no Café Princesa, mais uns desenhos junto da Rosário, Luís Frasco, Filipe Almeida, para cujo desenho o Zé Emílio estava a olhar...
Tinha passado de manhã aqui na Rua do Vale, achei muito bonita esta vista. Parei de tarde para desenhar. Perto estavam o Mário, a Ketta, o Nelson.
Fiquei com pena de acabar o dia. Gostava de poder ser útil a esta comunidade. Fiquei a saber que se pode telefonar para a Associação (21 497 1070), para reservar para um jantar de comida típica num restaurante cabo-verdiano. Uma forma também para se conhecer o bairro. Irei seguramente voltar!