Sábado, dia 16 Novembro. O frio parece que começou timidamente a chegar. Depois de acordar no Porto, dirigímo-nos até à zona da Mealhada, com destino ao Palace Hotel do Bussaco, situado em plena mata com o mesmo nome.
Chegamos, e o Palácio impõem-se no meio da paisagem.
Em estilo neomanuelino, um misto de Torre de Belém pelos perfis da sua estrutura, com motivos dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos e do Convento de Cristo, com seus arabescos e florescências.
Foi projectado no final do Séc. XIX pelo arquitecto italiano Luigi Manini, também cenógrafo do Teatro de S. Carlos.
Construído como palácio de caça para o Rei D.Carlos, o último acto oficial que nele se realizou foi em 1910, já com o seu sucessor, mesmo antes da implantação da República.
O interior também surpreende. Painéis de azulejos, frescos, esculturas, e motivos alusivos aos descobrimentos, de diversos artistas portugueses: Jorge Colaço, António Gonçalves, Costa Mota, João Vaz, António Ramalho, Carlos Reis.
Temos a sensação viver, aqui dentro, a História de Portugal. Não apetecia sair deste lugar. Apetecia ver, absorver, saborear todos os detalhes.
E assim fiquei durante a tarde no Salão Nobre, feita prisioneira de outros tempos, perdendo a noção do meu tempo ...
O Palácio visto do jardim
Durante o almoço no restaurante do Hotel, os detalhes de arquitectura, a vista da varanda sobre o jardim, e uma refeição, onde se destacou o folhado de leitão à Rei D. Carlos.
Durante a tarde a descansar no Salão Nobre, e a ver os outros fazerem o mesmo...
As esculturas por cima da lareira do Salão
À noite, a magnífica janela da Sala de Jantar, junto à qual estive sentada ao almoço.