terça-feira, 19 de julho de 2016

a caminho de Machu Picchu, dia 4


Acordei ( de apenas umas duas horas de sono), mas fresca que nem uma alface. Ah, o chá de coca não se deve beber à noite, é pior que o chá preto, vim depois a saber. Um belo pequeno-almoço no Hotel El Mercado que era muito giro, e muito central na cidade.

Saímos bem cedo com outro guia, o Joel, que se revelou o mais eficiente e solícito de toda a viagem.

Na zona de Chinchero parámos primeiro num tear ( para turista ver...), onde explicam como se tingem e depois tecem os tecidos tradicionais. Elas quase todas têm o cabelo muito preto e usam tranças debaixo de um chapéu também ele colorido.
Bonitas as cores e claro que depois apetece comprar tudo!
 
 


Em Chinchero, 3.750 metros de altitude, o contraste entre os muros incas e a Igreja construída após a chegada dos espanhóis.

Por todo o lado vendedores de mantas, sacos, saquinhas e saquetas, num mar de cor e tentação...
No exterior das muralhas, mulheres secam batata ao sol, para depois ser comida durante o resto do ano. Aí ainda se fala quéchua, a língua dos incas. É uma língua só falada, não se escreve!





 
 
Depois de alguns quilómetros, através de estradas em terra onde por vezes dois carros não se conseguiam cruzar, o complexo arqueológico de Moray, a 3.550 m de altitude, um local onde segundo consta se faziam experiências para melhorar as sementes para a agricultura, que depois também eram usadas para mostrar a superioridade dos incas sobre as outras culturas do Peru.
Os socalcos são muito bonitos, mas o Douro não lhes fica nada atrás, bem pelo contrário... Apetecia mas não desci lá abaixo para não ter depois de subir...


 

Maras, umas salinas, em socalcos, muito bonitas, foram a paragem seguinte! A água que usam para produzir o sal vem de um rio que passa por uma zona que tem sal e que a torna três vezes mais salgada que o mar. Provei e comprovei! Daí já se avistava o Vale Sagrado que continua até Machu Picchu. Um calor imenso, comprei uns quantos pacotes de flor de sal para recuerdo e uns saquinhos de rodelas de banana seca ao sol para petiscar, pois a fome já começava a apertar.
No time for drawing!! Ficava sempre angustiada com isso, mas tinha que ser, senão hoje ainda andaria pelo Peru!
 
 

Depois de almoço num restaurante sem história pelo caminho, chegámos a Ollantaytambo. Mais pedras! Eu perguntava: Tenho mesmo que subir? Sim, resposta...E lá ia eu sempre a subir, a subir, cansava mas valia a pena...a vista era sempre deslumbrante e era o momento de sentir bem a viagem, de aprender mais sobre a história da civilização inca.
 




Aí apanhámos o comboio Perurail que nos levou até Machu Picchu Pueblo, também chamado de Águas Calientes. Uma viagem através das montanhas, avistando alguns picos nevados a mais de 6.000 metros de altitude!
 
 

Já em Águas Calientes percurso até ao hotel é feito por entre vendedores de artesanato colorido, por ruelas e ruelas. Vou sempre deitando um olho...
A terra em si não é nada de especial, o curioso é estar envolvida pelo verde das montanhas, com a energia das pessoas, dos restaurantes, das lojas e a excitação de estar quase a chegar o grande dia de subir até Machu Picchu!


5 comentários:

  1. Águas Calientes é das cidades mais feias que já vi. E o teu desenho apanha bem isso, porque não a põe bonita.

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  2. Águas Calientes é das cidades mais feias que já vi. E o teu desenho apanha bem isso, porque não a põe bonita.

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  3. E Moray e Maras não são nada fáceis de apanhar. E tu conseguiste.

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  4. Tens razão Eduardo, Águas Calientes não tem gracinha nenhuma! Obrigada pelos comentários!

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